quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VÍDEO CLIP - Depois do Casamento (DJ Alpiste)

HUMOR - VAI FARAÓ.... BRINCA!

VÍDEO CLIP - Senhor Te Quero - Vineyard

HUMOR - BANHO DE MOISÉS

ESTUDOS - Resumindo minha posição sobre o dízimo

Resumindo minha posição sobre o dízimo:

1. A contribuição proporcional antecede a lei civil e judicial de Israel. Aparentemente, pelos registros bíblicos, o costume era uma prática do povo de Deus e das pessoas tementes a Deus na época dos patriarcas.

2. Logicamente, a prática foi incorporada na legislação de Israel. Junto com seu caráter mandatório, foram estipuladas outras contribuições e taxas. O entrelaçamento, da época, entre o governo civil e as autoridades religiosas (normal, pois era uma teocracia) faz com que essas taxas fossem também os impostos para a manutenção do governo, mas não excluiu os aspectos sacramentais, simbólicos e religiosos - de reconhecimento de Deus como o dono de tudo e de todos e nós como mordomos seus.

3. Quem fizer defesa de dízimo baseado na legislação mosaica, o faz equivocadamente e, por coerência, deveria advocar o apedrejamento de quebradores do dia de descanso, bem como as leis dietéticas. Até a utilização da expressão "trazei todos os dízimos à casa do tesouro" aplicada anacronicamente aos nossos dias, é questionável e não reflete uma boa hermenêutica - a não ser para o explorar o princípio que estava por trás disto.

4. Por outro lado, considerando que a prática da contribuição proporcional não foi iniciada nesse período, há de se questionar se o seu abandono é algo a ser defendido, propagado, pregado. Ou seja - será que isso contribui para o bom andamento da Igreja?

5. Indo ao Novo Testamento, não vemos revogação do princípio da contribuição proporcional, nem pregação contra ele, nem indicação de que ele se constituiria em uma forma legalista de adoração. Pelo contrário, em algumas situações (coloco essas questões mais extensivamente no meu artigo) Paulo utiliza a linguagem de prática de contribuição proporcional, como sendo uma forma a ser seguida pelos fiéis.

6. Além disso, no próprio Novo Testamento, o autor de Hebreus, quando faz referência ao incidente de Abraão, para ressaltar a ascendência de Melquisedeque sobre a Lei Ceirmonial do AT, demonstrando a permanência do sacerdócio de Cristo, faz menção à dádiva do dízimo. Por que essa referência? Se o dízimo é algo que não é importante; que deve, na realidade, ser abolido; que pertence apenas "à época da lei", por que ressaltar a dádiva, apenas confundindo seus leitores? Ou será que era, realmente, importante mencionar coo algo que está acima da lei cerimonial?

7. ainda no NT, Jesus não prega contra o dízimo e, na realidade, reforça ele, dirigindo-se aos Fariseus.

8. A prática de ofertas voluntárias não poderia ser, na minha opinião, a contrapartida neo-testamentária ao dízimo, pois elas já existiam, igualmente, no antigo testamento (desenvolvo, também, com maior substanciação, esse ponto - de ofertas no Antigo Testamento, em meu artigo). No meu entendimento, as ofertas são algo acima e que transcendem uma sistematização no dar.

9. Se considerarmos etimologicamente a designação da contribuição proporcional (dízimo), vamos cair nos dez por cento. Será possível estabelecermos outro padrão? Cinco por cento? Dois por cento? Trinta por cento (como ouvi um pregador, certa vez, dizer que era assim que ele fazia e quase procurar impingir isso como ideal)? Talvez, mas isso não terá uniformidade ou aceitação abrangente e terminaríamos em um individualismo subjetivo. Como poderia ser proporcional, se os percentuais variassem de comunidade para comunidade, ou até dentro da mesma comunidade? Temos, realmente, que "inventar" algo novo?

10. Posso até concordar que essa questão, por não ser determinação neo-testamentária explícita, talvez não devesse ser alvo de legislação denominacional ou eclesiástica, ficando no foro íntimo. Mas me parece que a idéia da contribuição proporcional:
a. É Bíblica.
b. Auxilia o homem, indisciplinado por natureza, a se organizar a sistematizar a sua contribuição.
c. Faz com que as comunidades (vejam, estou sucumbindo à terminologia contemporânea) e igrejas locais reflitam o poder aquisitivo dos congregados e tenham condições de planejar e projetar suas ações e ministérios.
d. A contribuição sistemática alegra a Deus e não impede que contribuamos com alegria (será que todo o povo de Deus no AT, onde não há dúvida que o dízimo era requerido, contribuía por constrangimento, sem alegria? De onde tiramos essa noção, de que sistematização significa escravidão?);
e. Assim, mesmo sem se constituir ponto de julgamento de um sobre o outro, ou da igreja sobre o um, deveria ser pregada e propagada dos púlpitos, como um estudo bíblico válido e aplicável.

Um forte abraço,
Solano Portela
O Tempora, o Mores

HUMOR - AS AVENTURAS DO APOSTOLO PAULO

ESTUDOS - Determinações Bíblicas Para Dízimos e Ofertas Alçadas*

1. DÍZIMO
O assunto principal que quero abordar é a base bíblica das ofertas, não pretenderia, portanto, me alongar no tratamento do dízimo. Sinto-me, entretanto, na obrigação de colocar algumas poucas e objetivas palavras sobre a questão do dízimo. Não é minha intenção dar uma exposição detalhada de que o dízimo é uma determinação procedente de Deus, que precedeu a lei cerimonial e judicial da nação de Israel (incorporando-se posteriormente a essas), sendo portanto válido para todas as épocas e situações. Não é, também, minha intenção partir para uma exposição da seriedade com a qual Deus apresentou e tratava essa questão do dízimo. Não vou, portanto, examinar as severas advertências àqueles que desprezavam suas determinações. Tudo isso já foi dito e exposto por outros de uma forma bem melhor e mais completa do que eu poderia aqui fazer.

Gostaria apenas de reforçar dois princípios bíblicos sobre o dízimo, extraídos do Novo Testamento. Por isso os classificaremos como princípios neotestamentários, que devem regular a nossa contribuição sistemática:

a) O primeiro princípio neotestamentário que desejo ressaltar, é que a Palavra de Deus nos ensina que devemos contribuir planejadamente. Temos este ensinamento em 2 Co 9.7, que diz: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento (Atualizada: ‘necessidade’); porque Deus ama ao que dá com alegria”.

Freqüentemente nos concentramos apenas no entendimento superficial do versículo, e interpretamos que ele fala simplesmente da voluntariedade da contribuição. Mas o fato de que ele nos ensina que a nossa contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento nos indica, com muito mais força, que ele deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento. O dar com emoção é válido. O dar seguindo o impulso momentâneo do coração, possivelmente, mas ambos não se constituem no cerne do “dar” neotestamentário.

Deus está nos ensinando que o seu “mover do nosso coração” não significa a abdicação de nossas responsabilidades. Ele nos ensina que não podemos simplesmente esquecer as portas abertas que ele coloca à nossa frente, relacionadas com as necessidades de sua igreja, e esperar o “mover do espírito”. Tudo isso soa muito piedoso e espiritual, mas se vamos propor no nosso coração, significa que vamos considerar com seriedade que a nossa contribuição deve ser planejada.

Bem, o irmão pode achar uma excelente forma de planejar, mas eu não encontro melhor forma do que a estabelecida na Bíblia: que é a dádiva do dízimo, reconhecimento simbólico de que tudo o que temos pertence a Deus. O dízimo representa a essência da contribuição planejada e sistemática e, conseqüentemente, deveríamos propor no nosso coração dar o dízimo. Vêem como isso muda a compreensão que tantos têm do verso? Alguns dizem: o dízimo constrange e retira a alegria da contribuição, quando o ensinamento é justamente o contrário: proponha no seu coração, sistematize sua contribuição e a contribuição fluirá de você sistematicamente, sem constrangimentos, com alegria. Não procure inventar: contribua na forma ensinada pelo próprio Deus ao seu povo.

b) Um segundo princípio neotestamentário, é que Deus espera que a nossa contribuição seja proporcional aos nossos ganhos, ou seja, devemos contribuir proporcionalmente. Encontramos esta lição em 1 Co 16.2-3, que diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar.”

O ensinamento é, mais uma vez muito claro. É óbvio que Paulo espera uma contribuição sistemática, pois ele diz que ela deveria ser realizada aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os crentes se reuniam. O versículo é muito rico em instrução, demonstrando até a propriedade de nos reunirmos e cultuarmos ao Senhor aos domingos, contra os ensinamentos dos sabatistas, testemunhas de jeová e, agora, até da Valnice Milhomens, de que deveríamos voltar ao Velho Testamento e estarmos guardando o sábado, o sétimo dia da semana.

Quero chamar a sua atenção, entretanto, para o fato de que Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, nos ensina que temos que contribuir conforme Deus permitir que prosperemos, ou seja, conforme os nossos ganhos. Essa é a grande forma de justiça apontada por Deus: as contribuições devem ser proporcionais, ou seja um percentual dos ganhos. Assim, todos contribuem igualmente, não em valor, mas em percentual.

Mais uma vez, o irmão pode querer inventar um percentual qualquer. Admito até que isso pudesse acontecer se nunca tivesse tido acesso ao restante da Bíblia, mas todos nós sabemos qual foi o percentual que o próprio Deus estabeleceu ao seu povo: dez por cento dos nossos ganhos! Isso, para mim me parece satisfatório e óbvio. Não preciso sair procurando por outro meio e forma, principalmente porque se assim eu o fizer posso até dizer, eu contribuo sistematicamente com o percentual que eu escolhi, mas nunca vou puder dizer que o faço em paridade e justiça com os outros irmãos, pois quem garante que o percentual dele é igual ao meu? Eu destruiria com isso, o próprio ensinamento da proporcionalidade que Deus nos ensina através de Paulo. Porque não seguir a forma, o planejamento e a proporção que já havia sido determinada por Deus?

Sabemos que temos muita argumentação falha, a favor do dízimo, que procura utilizar prescrições da lei cerimonial (cumprida em Cristo) ou da lei judicial de Israel (de caráter temporal, para aquela nação). Entretanto, temos, igualmente, muitos princípios válidos e exemplos sobre o dízimo, tanto no Velho como no Novo Testamento. No nosso caso, procurei me concentrar apenas nesses dois princípios.

Acredito, portanto, na primazia da contribuição sistemática, planejada, que não está sujeita ou escravizada às flutuações da nossa natureza pecaminosa, mas que segue o modelo e percentual utilizado pelo povo de Deus e que procedeu das próprias determinações divinas.


2. OFERTAS

Necessitamos, em adição, ir até à Palavra de Deus e verificarmos que a contribuição sistemática, periódica e proporcional não é a única encontrada nas Escrituras, nem como registro histórico, nem como determinação.

Além do dízimo, Deus fez registrar a propriedade das ofertas alçadas, ou seja, de contribuições esporádicas que fluíam dos corações de servos movidos pelo desejo de ir além, de sua contribuição dizimal, quer por mera gratidão, quer por uma causa específica, colocada por Deus perante eles, quer por uma necessidade extrema de auxílio, de caráter social.

Nesse sentido, vamos estudar algumas passagens. Elas não esgotam o assunto, mas são ilustrativas de nossas responsabilidades e privilégios perante Deus, no que diz respeito a essa questão.

a. Velho Testamento:

(1) Êxodo 25-36
Este trecho nos fala da construção do tabernáculo. Foi uma construção ordenada por Deus. Aquela construção atenderia a necessidade de providenciar um local de adoração ao povo que peregrinava pelo deserto. Dizia respeito, portanto, ao acondicionamento físico do povo e dos instrumentos litúrgicos. Muitas das coisas determinadas aqui possuem o simbolismo característico do Velho Testamento e eram destinadas a demonstrar a majestade da presença de Deus, a sua santidade e a apontar para o redentor prometido.

Deus, com todo o seu poder, poderia ter produzido do nada uma casa de adoração. Quis ele que tudo fosse feito com os recursos do povo, entrelaçando a construção com o dia-a-dia de Israel. Para a construção e para os ornamentos havia a necessidade de muitos objetos de valor, utensílios, ouro, prata, cobre. Nenhum estudioso sério da palavra de Deus questionaria que o dízimo estava em vigor, nesta ocasião (no máximo temos os que questionam a sua validade no novo testamento, mas quanto à isso, já nos posicionamos). Porque Deus não utilizou os dízimos de seu povo para esta necessidade? A razão é bem direta: porque os dízimos, sendo a contribuição sistemática, já tinham a sua aplicação normal: serviam ao sustento dos levitas, dos líderes religiosos, e serviriam à manutenção dos atos de adoração, mas não poderiam fazer face à necessidade específica, esporádica e extra-normal que agora era colocada por Deus perante seu povo. Deus os chama, conseqüentemente, a contribuir com ofertas alçadas, extras.

O princípio básico está colocado no versículo 2: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”. A versão Atualizada, diz apenas “oferta”. O original (hebr.: T’Rumáh—oferta alçada, da raiz Rum­–oferta), entretanto, traz “oferta alçada”. Isso não quer dizer nada com relação ao valor – se seria pouco ou muito. Representa algo (um bem, metal precioso, ou dinheiro) extraído do meio do povo que é levantado (alçado) e apresentado ao Senhor como uma dádiva especial, de forma voluntária. Os rituais levíticos posteriores tinham as ofertas alçadas, que eram levantadas perante o altar apenas uma vez, pelo sacerdote, e a oferta “abanada”, que era levantada ou movida várias vezes perante o altar, representando a consagração da dádiva. Tal oferta não era, nem poderia ser, compulsória. Ela era voluntária. O texto diz com muita clareza: todo o homem cujo coração se mover voluntariamente. Esses eram os contribuintes. Eles deveriam trazer ofertas especiais, de gratidão e reconhecimento, coisas de valor a serem utilizadas nas necessidades físicas da adoração espiritual que é devida somente a Deus.

Os próximos seis capítulos de Êxodo (até o 31) registram em detalhes o que Deus queria que fosse feito em sua casa de adoração. No capítulo 35, Moisés chama o povo e começa a passar a ele as instruções recebidas de Deus. No versículo 5 ele diz: “Tomai de entre vós uma oferta para o Senhor; cada um cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao Senhor: ouro, prata e bronze…” Mais uma vez, o caráter voluntário da oferta é ressaltado. Nos versículos 21 e 22, temos o registro da ocorrência das ofertas (recapitulando: primeiro Deus ordena a Moisés, depois Moisés ordena ao povo e agora, temos o fato real). Mais uma vez o registro da voluntariedade é ressaltado. Diz o trecho:

(21) E veio todo homem cujo coração o moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas.

(22) Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor.

O versículo 29 reforça ainda mais o princípio:

(29) Trouxe uma oferta todo homem e mulher cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o senhor ordenara se fizesse por intermédio de Moisés; assim trouxeram os filhos de Israel uma oferta voluntária ao Senhor.

Perante essa evidência não podemos, meus irmãos, dizer que o dízimo é a única forma de contribuição encontrada na Palavra de Deus. Ofertas voluntárias têm o seu lugar e são apropriadas em casos específicos, como o que Deus colocou à nossa frente.

Uma segunda coisa que aprendemos nesse trecho, é que a voluntariedade da oferta não significava aleatoriedade. Ou seja, por ser voluntária não significava que não podia ser planejada. Na realidade lemos, no capítulo 36, v. 3, o seguinte: “…e receberam de Moisés toda a oferta alçada, que os filhos de Israel tinham do para a obra do serviço do santuário, para fazê-la; e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias”. Ou seja, enquanto durou a construção, as ofertas eram trazidas sistematicamente, repetidamente, a cada manhã. Não vamos pensar, portanto, que o planejamento e sistematização tiram a espiritualidade da oferta planejada e dada de coração. Essa sistematização muito deve ter auxiliado aqueles que necessitavam dar andamento à construção.

Que glorioso resultado foi alcançado com o entendimento correto e com a predisposição do povo de Deus, nessa dádiva de ofertas. Vejam o que registram os versículos 4 a 7, deste mesmo capítulo 36:

(4) Então todos os sábios que faziam toda a obra do santuário vieram, cada um da obra que fazia,

(5) e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse.

(6) Pelo que Moisés deu ordem, a qual fizeram proclamar por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais.

(7) Porque o material que tinham era bastante para toda a obra, e ainda sobejava.

Que coisa gloriosa se Deus fosse servido mover o nosso povo ao ponto em que precisaríamos vir até à frente PROIBIR, para que nada mais se trouxesse!

(2) Levítico 22:18-19
Este outro trecho da Palavra de Deus está inserido nas regras e determinações sobre o dia-a-dia das práticas do povo de Deus. Temos esta colocação nos versículos 18 e 19:

“Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel, e dize-lhes: Todo homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros em Israel, que oferecer a sua oferta, seja dos seus votos, seja das suas ofertas voluntárias que oferecerem ao Senhor em holocausto, para que sejais aceitos, oferecereis macho sem defeito, ou dos novilhos, ou dos cordeiros, ou das cabras.”

Desse registro aprendemos:

1. Mesmo sem nenhuma ocasião especial, a prática de ofertas voluntárias era permitida e disciplinada no meio do povo de Deus. Não existe, portanto incompatibilidade entre os dízimos e ofertas.

2. O que era ofertado deveria vir sem defeito, ou seja, não ofertamos daquilo que nós mesmos não queremos, mas sim do que é agradável e aceitável. Deus merece o melhor.

3. A determinação era para os israelitas e para os estrangeiros em Israel, ou seja, não podemos restringir a oferta voluntária apenas aos membros do povo de Deus. Lembremo-nos, entretanto, que são ofertas voluntárias e não demandadas, solicitadas, constrangidas. A responsabilidade primordial é do Povo de Deus.


b. Novo Testamento.

(1) Uma Oferta a Paulo
Paulo estava na prisão quando escreveu a carta aos Filipenses. É uma carta de amor e gratidão, na qual ele expressa a possibilidade do crente exercitar essa alegria em Cristo independentemente das circunstâncias pelas quais está passando. Pensemos na situação de Paulo. Ela era dura e amarga. Estava afastado do convívio dos seus amigos, em uma prisão e certamente tinha várias necessidades.

A igreja de Filipo, consciente das necessidades de Paulo, levantou e enviou uma oferta específica para ele. No capítulo 4 (10-19) temos o registro e alguns detalhes da ocorrência. Lemos ali:

(10) Ora, muito me regozijo no Senhor por terdes finalmente renovado o vosso cuidado para comigo; do qual na verdade andáveis lembrados, mas vos faltava oportunidade.

(11) Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.

(12) Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade.

(13) Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

(14) Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

(15) Também vós sabeis, ó Filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo no sentido de dar e de receber, senão vós somente;

(16) porque estando eu ainda em Tessalônica, não uma só vez, mas duas, mandastes suprir-me as necessidades.

(17) Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.

(18) Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.

(19) Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus.

Vemos que é o agradecimento de ofertas, remetidas duas vezes e com toda probabilidade em dinheiro, pois no verso 16 lemos: “não somente uma vez, mas duas, mandastes o bastante para as minhas necessidades”. Essas ofertas foram levadas à Paulo por Epafrodito, como nos fala o verso 18, e é exatamente para este versículo que eu gostaria de dirigir a nossa atenção, pois dele extraímos quatro lições sobre ofertas.

Aprendemos que a oferta voluntária:

1. É um ato desejável por Deus (“aroma suave”). A oferta é comparada a um aroma suave, a um perfume não agressivo, mas suave. Aquele cheiro que permanece e que nos traz memórias e lembranças, que nos faz desejar estar de novo sentindo ele. Nesse sentido, é um privilégio poder contribuir, poder fazer algo que é desejável por Deus. Veja no versículo 10 que Paulo diz que “..vos faltava oportunidade”. Isso significa que devemos ver as situações de necessidade de contribuição que Deus coloca à nossa frente, como grandes oportunidades a serem aproveitadas.

2. É um ato aceitável por Deus (“Sacrifício aceitável”). Não podemos, portanto, dizer que ofertas não sejam aceitas por Deus, pois Paulo nos ensina o contrário.

3. É um ato agradável a Deus (“aprazível”). O texto diz que ela é aprazível, ou seja, traz prazer a Deus.

4. É um ato direcionado a Deus (“a Deus”, traz o final do verso). Se vamos contribuir com outro propósito em mente: prosperidade, barganha com Deus, para agradar o Conselho, para agradar o pastor, até para termos mais orgulho da Igreja, tudo isso foge ao propósito principal: a oferta correta é direcionada a Deus e somente a ele. Nesse sentido é que acompanha o dízimo como um ato de gratidão e de louvor.

(2) Uma oferta aos Crentes de Jerusalém
Uma outra situação de necessidade foi registrada no Novo Testamento: os crentes de Jerusalém passaram a ser intensamente perseguidos e começaram a passar dificuldades financeiras. Muitos foram expulsos de suas casas, outros perderam suas ocupações, não podiam exercer suas profissões. Paulo registra que coletas foram feitas em favor das necessidades destes crentes em Romanos 15:25-28 (“…coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.”) pelas igrejas da Grécia (Acáia) e Macedônia. Em 2 Coríntios 8 e 9 ele menciona essas coletas e fornece vários princípios relativos a contribuições.

Peço que os irmãos notem, neste trecho e incidente, os seguintes ensinamentos:

1. Proporcionalidade e voluntariedade não são incompatíveis entre si – 2 Co 8.3: “…na medida de suas posses.” Mais uma vez a questão da proporcionalidade no dar. Teríamos, possivelmente, uma inferência aos dízimos. Mas o versículo continua e registra: “e mesmo acima delas se mostraram voluntários.” Não resta dúvida que fala de contribuições voluntárias, destinadas a fazer face à uma necessidade. Contribuindo, dessa forma eles foram além dos dízimos, além da contribuição sistemática. Os versos 12 e 13 reforçam a questão da proporcionalidade e da justiça nas contribuições: Deus não quer o que o homem não tem. O seu propósito não é o de dar sobrecarga, mas o de proporcionar a igualdade.

2. O privilégio de contribuir – 2 Co 8.4. Lemos que os crentes dessas regiões “pediram com muitos rogos” a graça de participarem da assistência que se apresentava! Que diferença aos dias de hoje. Verificamos que hoje os solicitantes e não os crentes é que emitem “muitos rogos” compelindo os contribuintes a darem tudo de qualquer forma, sob qualquer pretexto. Que bênção seria se tivéssemos os diáconos sendo abordados “com muitos rogos” por crentes ansiando a participação no privilégio de contribuir com suas ofertas às necessidades da igreja! Este privilégio é uma atitude desejável - 2 Co 8.7. Paulo suplica para que eles continuem “abundando nesta graça”, ou seja, a prática da contribuição voluntária é algo desejável, é uma graça da parte de Deus aos seus servos. O desprendimento das coisas materiais e a colocação delas ao serviço do Mestre são um alvo a ser alcançado pelo servo fiel.

3. A procedência da contribuição verdadeira. É o coração sincero. A oferta, na visão de Paulo, era uma prova da “sinceridade do vosso amor” (8.8). Paulo estava dizendo que aquelas ações provariam as palavras de apreço, que não ficaram só nas palavras, mas estavam sendo transformadas em ação.

4. A importância do planejamento. Em 9.3, Paulo escreve que o fato das igrejas da Acáia (Grécia) estarem preparadas desde o ano anterior, para tal contribuição era uma prova do “zelo” deles e representava “um estímulo” para muitos. Não existia, portanto, nada não espiritual no planejar. Na realidade, Paulo informa que mandou um mensageiro de ante-mão, para que a reputação dos irmãos não fosse abalada (9.3) e eles estivessem preparados com a oferta que estavam a coletar. Paulo recomenda, portanto que “preparem de antemão a vossa dádiva”, chamando-a de “expressão de generosidade e não de avareza.” Muitas vezes somos chamados a planejar nossas ofertas porque isso pode auxiliar os que dela precisam e pode servir também de estímulo aos demais que, vendo a fidelidade da Igreja, se animam a contribuir.

(3) Uma oferta de uma pessoa pobre
Em Marcos 12.41-44 e Lucas 21.1-4 temos o registro de uma oferta trazida por uma viúva pobre ao templo. Lemos nesses trechos:

MARCOS 12

(41) E sentando-se Jesus defronte do gazofilácio (cofre das ofertas), observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos depositavam grandes quantias.

(42) Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante.

(43) E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no gazofilácio;

(44) porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.

LUCAS 21

(1) Jesus, levantando os olhos, viu os ricos deitarem as suas ofertas no cofre;

(2) viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas;

(3) e disse: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos;

(4) porque todos aqueles deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para o seu sustento.


Podemos, desse resgistro, extrair as seguintes lições:

1. Deus se agrada das ofertas. Isso fazia parte da liturgia e não há qualquer palavra de condenação à prática.

2. Faz parte, portanto, de nossos deveres, pois Jesus aprovou a oferta da viúva.

3. A evidência do amor, não é a quantidade dada, mas a quantidade comparada com as nossas posses.

4. Deus requer de nós o mínimo, mas é apropriado até darmos tudo o que temos a Ele.

5. Deus não despreza a oferta humilde, na realidade Ele lhe dá maior valor do que a que procede do sobejo.

6. Não existe pessoa, portanto, que não possa, dessa forma, mostrar o seu amor a Deus.

7. Devemos estar constantemente pesquisando os nossos motivos, nas nossas ofertas.

8. Devemos pesquisar os nossos valores, também: estamos ofertando somente daquilo que sobra, aquilo que não tem serventia para ninguém?


3. CONCLUSÃO

Muitas outras passagens e ensinamentos poderiam ser examinados. Acreditamos, entretanto, que aqueles que tivemos a oportunidade de estudar, representam prova de que Deus se agrada e se tem prazer em nossas ofertas. Essas não tomam o lugar do dízimo, mas representam uma forma adicional de prestarmos a nossa adoração e amor para com Ele. Que possamos ter a visão bíblica da realidade, que não sejamos avarentos, mesquinhos e que estejamos sempre prontos a atender as necessidades que Deus colocou na nossa frente, sempre com ações de graças por termos parte em tão grande privilégio.

* Estudo adaptado de uma palestra originalmente proferida em uma Igreja Presbiteriana formada na “cultura do dízimo” mas com muitos questionamentos com relação a quaisquer outros tipos de ofertas.

Solano Portela

Novos Blogs no Ar


É com imenso prazer que anunciamos que definitivamente a Internet tem cativado mais e mais pessoas a postarem conteúdo e socializar informações.
Isso é uma tendência mundial chamada Web 2.0, como um amigo meu dizia é onde "O Rio Corre ao contrário...", onde a informação procura o interessado nela, onde todos escrevem, posta conteúdo com o intuito de apenas democratizar a informação.
Hoje existem cerca de 3 páginas Web para cada habitante do planeta e crescendo a cada dia.
Este post é para recomendar os blogs dos nossos irmãos Thiago Bizinco e Pr. Reinaldo Burgos Jr.
Recomendo a todos que dê uma passadinha por lá, poste um comentário e prestigie o conteúdo que nossos irmãos estão postando.

Reinaldo Burgos ONLINE

  • Site destinado a assuntos religiosos, notícias em geral e artigos teológicos.
Thiago Santos O Administrador
  • Site destinado a Administração de Empresas, economia e afins

E também outros irmão já tem blogs há algum tempo.

Dailson Fernandes

  • Site de tecnologia e assuntos relativos a Software Livre e Linux.
Marcílio Palmeira
  • Site de tecnologia destinado a usuários Windows.
Israel Leal
  • Site destinado a Jornalismo
Se você tem um site ou blog e quiser divulgar, mande um email para nós!!! contato@reconstrucao.org

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

HUMOR - QUEM AVISA, AMIGO É!

NOTÍCIAS - Marina Silva critica comentários sobre sua religião

"O Brasil, graças a Deus, tem um Estado laico", declarou a pré-candidata à Presidência

FORTALEZA - A ex-ministra do Meio Ambiente, recém-filiada ao PV, a senadora Marina Silva (AC), disse na noite de ontem, em Fortaleza, que estranha o fato da questão religiosa estar sendo colocada neste momento como "impedimento a qualquer coisa política". Antes de trocar o PT pelo PV, Marina deixou de ser católica e virou evangélica.

Ela fez essa queixa aos jornalistas, antes de proferir palestra para 800 estudantes da Faculdade 7 de Setembro. Amanhã, a ex-petista continua em Fortaleza. Pela manhã, concede entrevista a uma rádio local. À tarde, participa de um evento do PV na Assembleia Legislativa do Ceará.

"As pessoas que confessam ter fé nesse País, eu acho, são mais de 90%. E esta é a primeira vez que estou observando que isso está sendo colocado como impedimento a qualquer coisa política. Eu nunca vi isso no Brasil. O Brasil, graças a Deus, tem um Estado laico; tem uma Constituição que assegura o direito das pessoas de acreditar e defender aquilo que acham ser melhor para as suas vidas e, obviamente, qualquer pessoa que disputa a Presidência da República ou qualquer cargo público vai estar orientado pela Constituição, pela legislação do País", disse Marina Silva.

AE/Notícias Cristãs

HUMOR - LUTO 11 DE SETEMBRO

NOTÍCIAS - Recuperação de dependentes de crack, em Caxias

Igrejas caxienses se valem de recursos como pista de skate para atrair jovens.
A fé pode ser um auxílio importante para dependentes de crack que buscam a recuperação. A dona de casa Janaina Tomazzoni Gobatto, 36 anos, e o marido, o mecânico de automóveis Cícero Augusto Gobatto, 35, trabalham como lideranças de jovens no núcleo da Igreja Evangélica Sara Nossa Terra, do bairro Rio Branco, em Caxias do Sul. Os dois bebiam, fumavam maconha e usavam cocaína. Cícero chegou a usar crack.
Há 11 anos estão limpos e orientam os jovens que chegam na Sara Nossa Terra com o mesmo problema que eles enfrentaram no passado. Para atrair os jovens para igreja e ajudar a afastá-los do vício, os fiéis do Rio Branco construíram uma rampa de skate nos fundos do templo.

Pioneiro/Notícias Cristãs

NOTÍCIAS - Recuperação de dependentes de crack, em Caxias

Igrejas caxienses se valem de recursos como pista de skate para atrair jovens.
A fé pode ser um auxílio importante para dependentes de crack que buscam a recuperação. A dona de casa Janaina Tomazzoni Gobatto, 36 anos, e o marido, o mecânico de automóveis Cícero Augusto Gobatto, 35, trabalham como lideranças de jovens no núcleo da Igreja Evangélica Sara Nossa Terra, do bairro Rio Branco, em Caxias do Sul. Os dois bebiam, fumavam maconha e usavam cocaína. Cícero chegou a usar crack.
Há 11 anos estão limpos e orientam os jovens que chegam na Sara Nossa Terra com o mesmo problema que eles enfrentaram no passado. Para atrair os jovens para igreja e ajudar a afastá-los do vício, os fiéis do Rio Branco construíram uma rampa de skate nos fundos do templo.

Pioneiro/Notícias Cristãs

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Peça Teatral Jota-Ó

(clique na imagem para ver o cartaz grande)

"Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram" Jó 42:5"

O Evanart, Ministério de Teatro da Igreja Presbiteriana das Graças, estará apresentando a peça Jota-Ó no Teatro Beberibe em Olinda-PE no dia 26 de Setembro em doi horários:
18h e 20h.
Texto: Flávia Peixoto
Direção: Bruno Gueiros e Lívia Lins
Mais informações em:
http://evanarte.blogpost.com
(81) 8831-0016 e 9296-9915

Peça Teatral POTESTADES

(clique no cartaz para vê-lo em tamanho grande)
O Ministério Teatral JEVI-PE Apresenta a peça Potestades. Esta peça será apresentada no dia 26 de setembro na Igreja Presbiteriana de Peixinhos em Olinda-PE. Será um peça forte e impactante. Tendo como objetivo restauração e evangelismo.

Texto: Adiel Hazaits (Jevi-RJ)
Direção: Silvana Lyra
Maquiagem: Fátima Ramos
Som e Iluminação: Derick Brito e Juliana Oliveira

O horário é às 19:30hs
A Entrada é Franca!
Mais informações com Silvana Lyra - vinhalyra@hotmail.com

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

As Finas Iguarias do Rei, o Congresso Nacional Brasileiro e a Síndrome de Ester

"E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei."
politico
José, Moisés e Daniel, o que eles teriam a nos ensinar a respeito das constantes crises políticas no Brasil? A maioria dos políticos evangélicos sempre cita em seus discursos a condição política e a importância dos personagens bíblicos na vida do povo de Israel e demonstram que seja necessário votar em tal bancada para fortalecer ainda mais suas ações em prol do cristianismo. Será? Qual seria o real esforço que tais políticos tem feito com o intuito de moralizar o congresso brasileiro e sua política cada vez mais desacreditada?
O objetivo deste texto é de trazer uma reflexão a respeito da síndrome de Ester tão intrínseca na mente dos políticos evangélicos.

Clique aqui para ler o artigo do nosso colunista Josué Menezes


domingo, 6 de setembro de 2009

Conferência Missionária 2009

"Profissional Missionário"


Pr. Marcos César Martins

Para você que não pode ir a Igreja ou gostaria de reviver o momento da pregação, estamos disponibilizando em fase experimental a pregação dos pastores da nossa igreja. Abaixo segue o link para você baixar o arquivo em formato MP3 para você escutar no carro, no ônibus no seu MP3 Player ou escutar em casa mesmo. Se você deseja adquirir o CD com esta pregação, mande um email para contato@reconstrucao.org solicitando uma cópia.
Para baixar o áudio da pregação, basta clique no link abaixo.
Obs: Caso você não deseje baixar o arquivo, mas escutá-lo diretamente no seu navegador, na página do download, existe uma opção para isto.

poscast
Audio da Pregação do Pr. Marcos César Martins
Formato: MP3
Tamanho : 58MB
Tempo Aproximado: 60 min

Conferência Missionária 2009

"Profissional Missionário"


Rev. Daniel Ramalho
Capelão da Polícia Militar de Pernambuco

Para você que não pode ir a Igreja ou gostaria de reviver o momento da pregação, estamos disponibilizando em fase experimental a pregação dos pastores da nossa igreja. Abaixo segue o link para você baixar o arquivo em formato MP3 para você escutar no carro, no ônibus no seu MP3 Player ou escutar em casa mesmo. Se você deseja adquirir o CD com esta pregação, mande um email para contato@reconstrucao.org solicitando uma cópia.
Para baixar o áudio da pregação, basta clique no link abaixo.
Obs: Caso você não deseje baixar o arquivo, mas escutá-lo diretamente no seu navegador, na página do download, existe uma opção para isto.

poscast Audio da Pregação do Pr. Daniel Ramalho
Formato: MP3
Tamanho : 46MB
Tempo Aproximado: 50 min

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ARTE CRISTÃ - Sinais do reino de Deus nas expressões de arte e louvor

O povo de Deus que se expressa através do louvor e música em tantos cantos deste país está perdendo seu senso de missão. É interessante notar isto ao olharmos as manifestações artísticas que vemos hoje no meio evangélico, manifestações cada vez mais entrincheiradas dentro dos templos ou ambientes de encontros chamados de adoração. E quando saímos de nossos guetos, levamos a arte, a música e o louvor numa linguagem burra, desconexa e não contextualizada.

Insistimos em sermos lâmpadas dentro de uma caixa de lâmpadas e em ser sal dentro do saleiro, perdendo portanto, a finalidade de sua razão de existência, isto é, iluminar no meio da escuridão e salgar impedindo que a carne se apodreça tão rapidamente e que ganhe sabor. Desejamos viver protegidos, sem desafios que exijam de nós aprendizado, disciplina e preparo.

Adoradores e artistas perdem e desprezam a noção de usarmos a vida, a música e todo o tipo de expressão artística para manifestarmos e testemunharmos do evangelho que abraçamos. Por causa de uma teologia distorcida e pouco bíblica, insistimos em ensinar e orientar que os artistas devem “largar o mundo” e não podem mais atuar fora dos limites eclesiásticos e nem atuar profissionalmente, contrariando o ensino de Jesus de sermos testemunhas e presentes no mundo como testemunhas do amor e presença de Deus..

Alguns artistas chamados cristãos cantam letras mais vez mais superficiais, camufladas, que mais “escondem” o conteúdo da Palavra de Deus, músicas e letras de conteúdo o mais dúbio possível, para que possam tocar em rádios seculares. Ainda pior, usarmos músicas populares conhecidas, e colocarmos versões de letra com linguajar e conteúdo “crentês” (inclusive de filmes como Titanic…). Manifestação artística medíocre, pobre, superficial, mal feita. E vamos assistindo a arte “naufragando” num mar de ignorância e falso senso de santidade.

Vivi recentemene uma experiência onde percebi claramente esta tensão, quando numa mesma cidade e num mesmo dia, estava acontecendo um encontro de louvor num espaço gospel, onde jovens estavam dançando e pulando ao som dos “mantras” atuais (músicas repetitivas de 4 acordes e de longa duração). O evento servia apenas como entretenimento ou mais uma atração, inclusive quando o “som” parava os jovens não ficavam nem para a ministração da Palavra de Deus.

E em outro local uma banda de cristãos faziam a abertura de um show de rock (hardcore), com letras explícitas do evangelho de Jesus. Os jovens não cristãos que chegavam ali, preparados para uma noite de piração e bebedeira, ouviam a Palavra de Deus num testemunho destemido daqueles rapazes.

Ao meu lado, um outro jovem músico cristão, sincero, e que foi convidado para estar ali, que reclamava por estar assistindo aquele trabalho já que “havia negado o mundo” e achava que não deveria estar ali; percebi nele um jovem soldado de Cristo que foi desmobilizado por aqueles que, com preconceitos e uma mentalidade religiosa retrógada e de falsa santidade, o ensinaram e discipularam.

Meu coração se encheu de alegria por ver aquela manifestação de poder e da presença do reino de Deus ali e na vida daquele conjunto que abriu o evento. Perguntei-me se Jesus estaria no encontro de louvor ou ali num ambiente tão desfavorável e aparententemente antagônico à mensagem do evangelho musicada? Imagino que o Senhor iria priorizar estar presente entre incrédulos, com um coração cheio de compaixão e misericórdia!

Lembrei-me de Janires, Comunidade S-8, Desafio Jovem, Jocum, Mocidade Para Cristo, Edson e Tita Lobo, Wanda Sá, Abraham Laboriel, Rique Pantoja, Sal da Terra. Daniel Maia, artistas e ministérios que fizeram nascer trabalhos criativos de testemunho através da música, teatro, dança e outras manifestações da arte e da arte cristã.

Ouvindo meu bom amigo e músico cristão Carlinhos Veiga nestes dias em Vitória num encontro de criatividade, cantando com sua viola e pregando a palavra do Mestre, e meu irmão Shibas de BH dançando, fiquei pensando em quanto nos acovardamos em assumir o testemunho cristão restaurando a cultura e as artes em todas as suas manifestações e quanto temos perdido de tempo e oportunidades em nosso amado Brasil.

E continuamos perdendo músicos e artistas competentes, que vão sendo expelidos, abandonados, por cometerem o “incômodo” de pedir aos pastores e artistas que se preparem e façam a coisa com excelência e disciplina, que sejam criativos e ousados, e que não abracem simplesmente modelos importados estéticos e sonoros de arte. Não podemos perder o senso de missão no que somos e fazemos!!!

É bom ver o reino se espalhando, sendo plantado no coração dos homens em todas as culturas, de um modo constante e misterioso, mas que cresce mais e mais a cada dia. Que sejamos cristãos e artistas da ekklesia, comunidade dos santos, verdadeiramente “chamados para fora”, presença e testemunho no meio de uma geração perversa, corrupta e errante.

Nelson Bomilcar

VÍDEO CLIP - Wanda Sá (Resposta Certa)

POESIA - Milagre da Vida (Jorge Camargo)


Milagre da Vida

Do fundo da incerteza
Há de surgir uma saída
Um surpreendente horizonte
Digno da força da vida… da vida
A vida é puro milagre
Certa como o novo sol de cada dia
A vida é lindo mistério
Humilhando a nossa vã sabedoria
E para os maiores temores
Breve virá o livramento
Linda esperança sorrindo
Tornando em festa o lamento…lamento
A vida é puro milagre:
Vale a pena, vale o esforço em preservá-la
A vida é lindo mistério:
Nada mais importa a não ser abraçá-la!
A vida é puro milagre…

Jorge Camargo